domingo, 1 de maio de 2011
Rosa vermelha
As lágrimas negras escorriam-lhe pela face, a dor massacrava sua alma impiedosamente.
A noite parecia-lhe cruel, as estrelas eram apenas pontos, tão solitários como ela própria.
Não havia dia, não havia cor...
Ela ainda segurava entre seus dedos gélidos uma rosa vermelha...
Ou seria uma rosa branca tingida de sangue?
Idependentemente ela a segurava, prendia-se a ela tentando resgatar um fio de vida inexistente.
Os arrepios percorriam seu frágil corpo, seus cabelos estavam desgrenhados...
Ela estava definhando...
Num ímpeto maior, como que por obra do destino ela apertou a rosa com mais força, os espinhos sangraram-lhe os dedos, ela fechou os olhos... Sentiu o perfume da rosa misturado ao cheiro do seu sangue, aquele era o cheiro da morte.. tão doce... tão único.
Ela sentiu-se plena, o cheiro inflando seus pulmões... doce... convidativo. Era a voz da morte... cantando... chamando, era bonito... era tranquilo.
Era tão doce... tão puro... que ela entregou-se ao aroma de sua anfitriã... e abriu suas asas de solidão...
Anuxah...
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Muito bom mesmo... Esse poema é bem forte!
ResponderExcluirmt obrigada...vc escreve bem gostei muito...
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